segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Vida de criança

Você quer voltar a ser criança.

Não ter limites para a felicidade e desejar ver motivo nas coisas mais simples.

Se divertir e brincar usando como maior instrumento o seu corpo.
Tomar banho de chuva, rolar na lama e conversar com amigos imaginários sem precisar esconder de ninguém, o quanto isso te faz bem.
É aí que você resolve colocar um nariz vermelho na cara e junto com ele, a coragem de ser todos os "eus" que existem dentro da sua criança.

Aí, você passa a ficar feliz por brincar e brinca de ser feliz.
Ri dos outros. Chora se não consegue o que quer. Esperneia. Grita. Faz escândalo. Trapaceia.
Mas é tudo inconsciente, natural... No fundo é tudo você.

Você, sem as imposições da sociedade. Você sem um ponto de vista formado. Você sem um pensamento crítico. Você errando. Você debochando e sendo debochado. Você se abrindo. Você se entregando. Você fracassando.
VOCÊ, vivendo intensamente o prazer de ser você. Sem medo de se assumir.
Eu diria que é a arte feita pela arte, arte pela vontade de sentir, de viver. Arte que só é verdadeira, quando ninguém sabe que é arte.

A arte de se fazer uma grande palhaçada!

É a responsabilidade, de se levar a sério a brincadeira mais boba do mundo e que só funciona se não tiver regras.
E quando você sente, pelo menos um pouquinho que seja, da alegria do banho de chuva, da sensação única de rolar na lama ou mesmo da confiança dos amigos imaginários... Um pouquinho que seja, do prazer disso tudo, você fica ansioso pela próxima vez em que colocará o nariz vermelho de novo e voltará a ter liberdade pra ser a sua essência, ser você, ser seu clown.

Giovana

Um comentário:

  1. "Arte que só é verdadeira, quando ninguém sabe que é arte". Muito interessante isso! Adorei! É a arte rasgando por dentro. Mesmo que o corpo pareça velho, morto, carcomido, tem algo lá dentro qiue o movimenta! É esse o sentido! =)

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