quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Política do AR!

É político! Sim, nos propomos a fazer política. Política do acontecimento. Política de afetos. Política de desorientação orientada. Política de (des)encontros potentes. Políticas de talvezes. Política de não saber, e fazer. Política de sentir.

Hoje li um artigo que me fez pensar na dimensão política de nossa ação e fiquei com vontade de compartilhar.

Nos propomos a criar vida. Resistir à morte. Do sen-tido, da uni-lógica, da prevenção dos desejos, da precipitação da arte. Nossa política tem sua força nela mesma. O palhaço tem nele mesmo as possibilidades políticas. É ar, cresce em um fluxo, ventilando. É como uma mesa repleta de papéis esvoaçando ao vento. Palhaço que sopra, desagrega para agregar, outros sentidos, outros caminhos. Político.

Essa citação abaixo é de um texto da Elenise Cristina.

Inspirar. Expirar. Respirar. AR num conceito de política onde sua afirmação decorre duma força desencadeada por ela mesma. Um mantra: ―re-conhe-ser-se mortal‖. Vida destinada ao desaparecimento e que explode em forças vitais. Sobriedade e dignidade à altura do desmantelamento.

Hi a tAR
Ex is tir
Ex que ser
Que se ex vai
No que se é
Oiá oiá

(...) Na arte ou na filosofia, criar é resistir. A resistência é, então a acção de uma força de vida-contra-morte que desalinha as significações estabelecidas, e, no movimento que a constitui, rompe com a ordenação categorial de um fundamento para a existência, afirmando o devir, como respiração criadora de vida. A resistência é, nesse sentido, acontecimento (VILELA, 2010, p. 292). (GRIFOS DA AUTORA)
ANDRADE, Elenise Cristina Pires de; ROMAGUERA, Alda Regina Tognini. Sonhar-te e(m) vidas. (Des)narr-ar... RUA [online]. 2011, no. 17. Volume 1

Resistamos, aconteçamos, brincamos, samos.....

Eduardo

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